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Mauro Cesar Bernardes: “TICAL oferece uma oportunidade única aos profissionais de TIC na América Latina para extensão de sua rede profissional”

Mauro BernardesCom esta entrevista ao pesquisador brasileiro Mauro Cesar Bernardes iniciamos uma série intitulada "Cinco perguntas para", na qual vamos descobrir a importância dada à Conferência TICAL por aqueles que já foram protagonistas dela em anos anteriores.

Olá, Mauro. Fale um pouco sobre você e sua formação. 
Olá! Sou analista de sistemas na Universidade de São Paulo (USP) desde 2001, onde coordenei uma divisão tecnológica nos últimos 10 anos. Na USP, atuo também como professor convidado no Instituto de Matemática e Estatística (IME) e no Laboratório de Sustentabilidade (Lassu) da Escola Politécnica. Minha formação é na área de computação: sou bacharel em Ciência da Computação, concluí mestrado e doutorado também em Ciência da Computação pela USP e tenha uma pós-graduação em informática gerencial.

Qual foi seu primeiro contato com as redes avançadas e como você avalia o desenvolvimento delas desde então?
No Brasil, tive contato primeiramente com a RNP quando iniciei minhas atividades como Analista de Sistemas no campus São Paulo da USP, em 2001, e pude de participar de um Workshop (WRNP) que acontecia em conjunto com o 19º SBRC (Simpósio Brasileiro de Redes). Naquela oportunidade, pude acompanhar a apresentação de uma série de trabalhos desenvolvidos no âmbito deste grupo e me encantar com a proposta de integração e colaboração apoiada em tecnologias de informação e comunicação para a geração do conhecimento e a excelência da educação e da pesquisa no Brasil. Desde então, percebo enorme engajamento de um grande grupo de especialistas na promoção e no desenvolvimento tecnológico para apoiar a pesquisa de tecnologias de informação e comunicação, a criação de serviços e projetos inovadores e, ainda, a qualificação de profissionais em instituições públicas brasileiras. 

Como resultado, percebo um notório avanço em relação à viabilização e à facilitação da pesquisa colaborativa por meio de aplicações da rede de pesquisa, o que possibilitou a realização de projetos não somente na área de tecnologia, mas também educação, saúde e cultura. Apesar de ler sobre o excelente trabalho desenvolvido por RedClara, tive contato direto com a equipe apenas em 2013, quando recebi convite para ministrar palestra na TICAL2013. Naquela oportunidade, fui surpreendido pela qualidade do evento, pelo engajamento dos envolvidos e pelas oportunidades que se apresentavam aos profissionais das universidades na América Latina que participavam do evento. Conversando com colegas de outras universidades em nosso continente, pude constatar as especificidades de cada um, mas principalmente, pontos comuns que eram potencializados por meio de projetos de cooperação e troca de experiências com apoio de RedCLARA.

Nesse contexto, qual é a importância de TICAL para o crescimento das redes e dos profissionais na área das TIC?
Além de sempre apresentar um programa inovador e informativo, TICAL oferece uma oportunidade única aos profissionais de TIC na América Latina para extensão de sua rede profissional, além de inúmeras oportunidades para aprendizado, reflexão e troca de experiências com outros colegas em nosso continente. Além disso, percebi no último ano a presença de profissionais de outros continentes, o que amplia as possibilidades. Após participação em outras grandes conferências mundiais na área de TIC, percebia a necessidade de uma conferência onde pudéssemos discutir os desafios específicos do ambiente acadêmico e de pesquisa na América Latina. Foi uma grata surpresa perceber que TICAL está cumprindo este papel de forma plena.

Você já fez parte do Comitê de Programa, foi palestrante e também apresentou muitos trabalhos na TICAL. Quais lições você tirou dessas distintas experiências?
Como resultado de minhas participações, aprendi que temos muita diversidade em nosso continente, que temos muitos pontos em comum, muita competência ainda isolada e, sobretudo, criatividade para soluções que podem ser compartilhadas para um desenvolvimento mais equânime. Constatei que as redes avançadas têm contribuído significativamente para uma maior sinergia entre as competências espalhadas pela América Latina e, consequentemente, ampliado as oportunidades para proposição de inovações relevantes.

Pessoal e profissionalmente, quais são suas expectativas para TICAL2015? E por que os brasileiros devem participar do evento este ano?
Minha maior expectativa é que se repita o sucesso dos anos anteriores e que eu possa reencontrar os amigos que fiz neste evento. Não tenho dúvidas de que a comissão atual esteja se dedicando avidamente para não só manter o nível das edições passadas, mas superar todas as expectativas na edição 2015. Como disse, TICAL oferece uma oportunidade única para os profissionais da América Latina e nós, brasileiros, estamos vivendo um momento que favorece a cooperação internacional e que demanda maior interação com nossos colegas Latino-americanos. Temos muito para compartilhar e, sobretudo, para aprender em comunidade.

Fotos

Organizadores TICAL2015:

RedCLARA
REUNA
Edutic

TICAL2015 em Twitter

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